Caso Benício: médica reconhece erro ao prescrever adrenalina que matou criança em Manaus, aponta documento

Caso Benício: médica reconhece erro ao prescrever adrenalina que matou criança em Manaus, aponta documento

Benício Xavier de Freitas

Crédito das fotos: Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, e família — Foto: Arquivo pessoal

Um documento oficial atribuído à equipe médica responsável pelo atendimento de Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, aponta que a profissional envolvida reconheceu ter cometido um erro ao prescrever adrenalina, substância que levou o menino à morte em Manaus. O caso, que provocou forte comoção no Amazonas e em todo o país, segue sendo investigado pelos órgãos competentes.

Benício foi levado à unidade de saúde após apresentar sintomas de alergia. De acordo com relatos da família, ele estava consciente e com bom quadro respiratório no momento da chegada ao hospital. Minutos depois da administração do medicamento, o estado dele piorou rapidamente.

Segundo o documento, a médica admitiu que a prescrição foi inadequada para o quadro clínico apresentado. Em seu relato, ela destaca:

“Houve uma interpretação equivocada do quadro alérgico. A administração de adrenalina não era, naquele momento, a conduta indicada.”

A família afirma que não foi informada de forma clara sobre a gravidade da situação após a aplicação do medicamento. A mãe de Benício relatou em depoimento:

“Meu filho entrou caminhando e sorrindo. Minutos depois, nos disseram que ele estava em parada. Não nos deixaram acompanhar nada.”

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, e pais de outras crianças manifestaram apoio à família, pedindo transparência nas investigações e responsabilização dos envolvidos.

Benício Xavier de Freitas e família

A Secretaria de Saúde de Manaus informou que abriu um processo administrativo para apurar a conduta médica e revisar os protocolos de atendimento infantil emergencial. Paralelamente, o Conselho Regional de Medicina (CRM-AM) também instaurou um procedimento para avaliar possíveis falhas éticas.

Enquanto aguarda o resultado das investigações, a família segue pedindo justiça. “Queremos que ninguém mais passe por essa dor”, disse o pai do menino.

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