Unimed é acusada de negar medicamentos oncológicos e especialista alerta para risco à vida

Unimed é acusada de negar medicamentos oncológicos e especialista alerta: “uma violação grave de direitos”

Distrito Federal News • Saúde • Atualizado agora

Pacientes em tratamento contra o câncer têm denunciado uma série de negativas e atrasos na liberação de medicamentos oncológicos por unidades da Unimed. Os relatos apontam que terapias fundamentais para impedir a progressão da doença estão sendo negadas ou demorando semanas para serem liberadas.

Interromper ou atrasar terapias oncológicas não é um problema administrativo — é um risco direto e imediato para a vida do paciente.

Pacientes relatam demora e recusa na liberação de medicamentos essenciais

Famílias afirmam que, mesmo com prescrição médica clara e indicação urgente, a operadora tem solicitado análises demoradas, pareceres internos e justificativas que contrariam protocolos médicos amplamente reconhecidos.

Entre os medicamentos negados ou atrasados estão terapias de alto custo que representam a diferença entre estabilizar ou ver o tumor avançar rapidamente.

Advogada Natália Soriani: “A Unimed está descumprindo a lei e colocando vidas em risco”

A advogada especialista em Direito Médico e da Saúde, Dra. Natália Soriani, afirma que as negativas violam a legislação brasileira:

“Negar ou postergar medicamento oncológico é uma conduta gravíssima. A operadora tem obrigação legal de fornecer o tratamento indicado pelo médico assistente.” — enfatiza a advogada.

Segundo ela, a Justiça tem sido clara e rápida: “Liminares são concedidas em questão de horas nesses casos. A negativa injustificada pode gerar danos morais e obrigar a liberação imediata.”

Interrupção pode agravar a doença e comprometer chances de sobrevivência

Especialistas explicam que atrasar a terapia pode resultar em avanço agressivo do tumor, redução da resposta ao tratamento e aumento expressivo do risco de morte. Além disso, pacientes relatam sofrimento emocional intenso ao sentir que seu direito básico à vida está sendo colocado em risco.

“O paciente não está pedindo um favor. Está pedindo a chance de viver”, diz Soriani

Para a advogada, as operadoras precisam respeitar a vulnerabilidade do paciente e a urgência clínica:

“Não estamos falando de estética ou algo opcional. Estamos falando de sobrevivência. A negativa da Unimed precisa ser combatida com firmeza.”

O que fazer em caso de negativa?

Dra. Natália Soriani orienta pacientes e familiares a agir imediatamente:

  • Solicitar a negativa por escrito com justificativa;
  • Reunir relatório médico, exames e prescrição;
  • Registrar reclamação na ANS e no Procon;
  • Buscar auxílio jurídico — liminares costumam ser concedidas no mesmo dia.

Unimed não respondeu aos questionamentos

A reportagem tentou contato com a Unimed para comentar as denúncias, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

A luta continua

Enquanto pacientes enfrentam obstáculos para acessar medicamentos fundamentais, cresce a pressão para que operadoras sejam responsabilizadas por negativas indevidas de cobertura oncológica.

“Saúde não é mercadoria. O plano não pode brincar com a vida do paciente.” — conclui Soriani.

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