Vacina contra HPV reduz em até 58% os casos de câncer de colo do útero no Brasil
Levantamento da Fiocruz analisou mais de 60 milhões de mulheres entre 20 e 24 anos e confirma o impacto da imunização. Especialista Dr. Orlando Monteiro reforça a importância de ampliar a cobertura vacinal.
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trouxe uma das notícias mais animadoras dos últimos anos no combate ao câncer de colo do útero. O estudo, que avaliou dados do SUS entre 2019 e 2022, revelou que a vacina contra o HPV reduziu em até 58% os casos da doença. Também houve queda de 67% nas lesões pré-cancerosas, aquelas que podem evoluir para tumores malignos.
“É um marco na saúde pública. Os números mostram que a vacina cumpre o papel de prevenir o câncer, e isso deve servir de incentivo para que mais famílias atualizem a carteira de vacinação dos adolescentes.”
— Dr. Orlando Monteiro, especialista em reprodução assistida e saúde preventiva
HPV: vírus comum e silencioso
O Papilomavírus Humano (HPV) é extremamente comum: estima-se que 7 em cada 10 pessoas sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento da vida. Na maioria dos casos, o organismo elimina a infecção sozinho; quando isso não acontece, podem surgir alterações nas células do colo do útero que evoluem para câncer — o segundo mais comum entre as mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama.
“O grande problema é que o HPV raramente dá sintomas no início. Por isso, prevenção e rastreio caminham juntos: vacina na adolescência e exames ginecológicos periódicos na vida adulta.”
— Dr. Orlando Monteiro
Vacina gratuita e eficaz
Incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente pelo SUS. Desde 2024, o esquema de rotina passou a ser dose única, o que facilita a adesão e amplia a cobertura.
- Público-alvo de rotina: meninas e meninos de 9 a 14 anos.
- Indicações especiais: pessoas imunossuprimidas, pacientes com HIV, transplantados e vítimas de violência sexual, conforme orientação médica.
“Mesmo que a aplicação possa ser dolorida para alguns, o benefício é imenso. Estamos falando de uma intervenção segura, com eficácia comprovada e capacidade real de salvar vidas.”
— Dr. Orlando Monteiro
Avanço que depende de conscientização
A confirmação do impacto da vacina pela Fiocruz reforça a necessidade de campanhas educativas nas escolas e nas unidades de saúde.
“Vacinar é um ato de cuidado individual e coletivo. Quanto maior a cobertura, menor a circulação do vírus e menor a chance de novos casos de câncer de colo do útero.”
— Dr. Orlando Monteiro
Fonte: dados apresentados em reportagem televisiva com base em estudo da Fiocruz.
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trouxe uma das notícias mais animadoras dos últimos anos no combate ao câncer de colo do útero. O estudo analisou dados de mais de 60 milhões de mulheres entre 20 e 24 anos, comparando o período de 2019 a 2022, e revelou que a vacina contra o vírus HPV conseguiu reduzir em até 58% os casos da doença.
De acordo com o levantamento, houve ainda uma queda de 67% nas lesões pré-cancerosas, que podem evoluir para tumores malignos. “É um marco na saúde pública. Os números mostram que a vacina realmente cumpre o papel de prevenir o câncer, e isso deve servir de incentivo para que mais pessoas se vacinem”, comenta o Dr. Orlando Monteiro, especialista em reprodução assistida.
HPV: vírus comum e silencioso
O HPV (Papilomavírus Humano) é uma infecção extremamente comum. Estima-se que sete em cada dez pessoas sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento da vida. Na maioria dos casos, o organismo elimina o HPV naturalmente. No entanto, quando isso não acontece, podem surgir alterações nas células do colo do útero, levando ao desenvolvimento do câncer — o segundo tipo mais comum entre as mulheres, atrás apenas do de mama.
“O grande problema é que o HPV é silencioso. Muitas mulheres só descobrem a infecção em exames de rotina, e por isso a prevenção é fundamental”, explica o Dr. Orlando. “Vacinar meninas e meninos ainda na adolescência é garantir uma geração mais protegida contra um câncer totalmente evitável.”
Vacina gratuita e eficaz
A vacina contra o HPV foi incorporada ao Sistema Nacional de Imunização (SUS) em 2014 e é oferecida gratuitamente. Desde então, milhões de adolescentes já foram imunizados em todo o país. Em 2024, o esquema passou a ser de dose única, o que deve facilitar a adesão e ampliar a cobertura vacinal. O imunizante é indicado para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos especiais como pacientes com HIV, transplantados, imunossuprimidos e vítimas de abuso sexual.
“Apesar de algumas pessoas ainda terem medo ou dúvidas, é importante reforçar que a vacina é segura e tem eficácia comprovada. Mesmo que a aplicação possa causar dor momentânea, o benefício é incomparável”, ressalta o médico. “Estamos falando de uma prevenção que salva vidas e evita um câncer agressivo e devastador.”
Avanço e conscientização
A pesquisa da Fiocruz reforça a importância das campanhas de conscientização e da ampliação da vacinação nas escolas e unidades de saúde. “A sociedade precisa entender que vacinar não é apenas um ato individual, mas coletivo. Quando protegemos nossos filhos, também ajudamos a reduzir a circulação do vírus e a proteger outras pessoas”, conclui o Dr. Orlando Monteiro.