O aumento das vendas de canetas emagrecedoras falsificadas vem causando grande preocupação entre os profissionais de saúde no Brasil. O endocrinologista Dr. João Aguiar alerta que o uso indiscriminado desses produtos representa uma ameaça grave à saúde pública, já que muitas dessas canetas circulam sem qualquer controle sanitário ou acompanhamento médico.
“As canetas originais são medicamentos de uso controlado, com prescrição e acompanhamento obrigatório. Quando compradas em mercados paralelos, não há garantia da procedência nem das substâncias contidas ali — e isso é extremamente perigoso”, explica o especialista.
De acordo com o Dr. João, as falsificações chegam a imitar as embalagens e até os rótulos das marcas reconhecidas, o que confunde o consumidor e transmite uma falsa sensação de segurança.
“O grande problema é que, muitas vezes, o paciente acredita estar adquirindo o produto original. Só que o conteúdo pode conter substâncias tóxicas, vencidas ou até completamente diferentes das indicadas para emagrecimento”, alerta o endocrinologista.
Riscos graves à saúde
Entre os efeitos colaterais relatados pelo uso de canetas falsificadas estão hipoglicemia severa, taquicardia, desmaios, crises de ansiedade, insuficiência renal e alterações hormonais.
Além disso, muitos produtos falsos são vendidos sem refrigeração adequada, o que altera a composição química do medicamento e potencializa os riscos.
“O uso dessas substâncias pode desregular o metabolismo e causar danos irreversíveis. Já tivemos casos de pacientes que chegaram a óbito após aplicar produtos falsificados. É uma situação muito séria”, reforça o Dr. João Aguiar.
A importância da prescrição e do acompanhamento
O endocrinologista explica que qualquer tratamento para emagrecimento deve começar com uma avaliação médica completa, incluindo exames laboratoriais e acompanhamento profissional.
“O emagrecimento saudável é resultado de um processo, não de uma promessa rápida. Não existe milagre, e sim ciência. Usar produtos sem registro é colocar a própria vida em risco”, afirma o médico.
Informação é a melhor forma de prevenção
O Dr. João reforça ainda que a desinformação e a busca por resultados imediatos alimentam o mercado ilegal de medicamentos falsos.
“É fundamental que a população desconfie de ofertas milagrosas nas redes sociais e sites não oficiais. Todo medicamento injetável deve ser adquirido apenas com receita e orientação de um endocrinologista ou profissional habilitado”, conclui.
Crime e risco coletivo
A falsificação de medicamentos é crime previsto em lei e pode colocar em risco não apenas a saúde de quem consome, mas também de toda uma rede de revenda e distribuição. As autoridades sanitárias alertam que quem compra produtos sem registro também colabora, ainda que indiretamente, para a manutenção desse comércio ilegal.
O alerta do Dr. João Aguiar reforça o papel da informação e da medicina responsável: “Saúde não é mercadoria. Nenhum resultado estético vale o risco de perder a vida.”
🎥 Assista ao vídeo em que o Dr. João Aguiar explica os perigos das canetas emagrecedoras falsificadas: